quarta-feira, 17 de agosto de 2016

"A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA E DA RELIGIÃO EGÍPCIA"

 "A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA E DA RELIGIÃO EGÍPCIA"





A importância da Perpetuação da Memória Coletiva: O uso da Epigrafia nos monumentos e documentos egípcios, com o intuito de eternizar acontecimentos memoráveis de sua História

Amanda Martins Hutflesz

                                                 

Resumo: A pergunta que instigou a realização desta reflexão surgiu com o objetivo de analisar brevemente o uso da epigrafia nos monumentos egípcios, como forma de celebração para algum acontecimento importante para a sociedade da época, visando uma perpetuação da memória coletiva, seja ela de um povo, de uma nação, uma geração. As memórias das diversas vitórias, mas também das guerras, das lutas históricas, que em geral, faziam parte intrínseca da vida dos nobres, dos reis do local, estes, que pretendiam deixar escrito nas Estelas funerárias e obeliscos, e até mesmo em pirâmides e sarcófagos, suas representações figuradas. O que mais adiante, se passou a entender como um documento, uma narrativa (isto já após a invenção da escrita) dos fatos em alguma rocha, pedra, madeira, papel; enfim, um arquivo eternizado no tempo. E assim, a inscrição do ocorrido, imortalizaria seus feitos, relembrando a outras gerações, fatos importantes do passado de um povo, de uma civilização. Estariam então, conservada uma memória e uma lembrança de algo, as pessoas que viveram em outra época e realizaram um quê de grandioso, ou até mesmo, de malévolo, e que, atualmente, não se tem mais o costume de fazer. Algum hábito que já não existe, alguma tradição que não se utiliza mais. Enfim, se faz fundamental compreender esta transformação, que o uso da epigrafia proporcionou para a Antiguidade, e que influenciou a todos as gerações seguintes, se estendeu para a vida social de um determinado período histórico mais antigo, e, hoje, não se poderia viver sem fazer uso do processo de escrita, da epigrafia mais em específico.

                                                                                                            

Palavras-chave: História, Memória Coletiva, Monumentos, Documentos, Egípcios, Epigrafia, Celebração, Comemoração, Obeliscos, Vitórias, Imortalizar, Eternizar.







(...)


"1.2. A Memória e o Egito Antigo"

           "Neste principiar de um artigo, é relevante dizer que, na história de uma nação, de uma geração em específico, haverá uma grande interdisciplinaridade ao se falar de Memória, mas em outra perspectiva, muitas são as especificidades inerentes a este estudo, as nações e suas diversas organizações sociais, religiosas, econômicas, suas crenças e hábitos. Tentaremos elucidar alguns aspectos a seguir, sobre o tema proposto para elaboração deste projeto, desejando analisar alguns aspectos relevantes da antiga civilização egípcia.
  
Sendo assim, através do trecho acima, conseguimos perceber a construção da memória imortal para o povo do Egito. Para ser eterna, a pessoa tinha que ter seu nome gravado em algum lugar fixo, imutável, estável, eterno. Somente viveria através deste nome marcado em pedras ou papiros, livros, monumentos em geral. Sua integridade estava ligada a perpetuação de seu nome no tempo. Ter este nome apagado era, para os egípcios, a mesma situação de morrer e deixar de existir no mundo. A pessoa sem o nome era um corpo sem vida, sem alma. Um nome sempre lembrado significava a eternidade do morto, ainda que fosse só na lembrança de alguém." (HUTFLESZ: 2016)
          






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